Para máxima flexibilidade a definição de um armazém não é feita de áreas, corredores, bastidores e assim continuando.
A definição é feita de espaços: relacionados entre eles e com uma ou várias sequências para passar de um a outro!
Vamos a seguir entrar no detalhe das três colunas do layout:
- espaços
- relações
- sequências
Espaços
A acção de referencia para gestão dos espaço é: AD003 – Definições Espaços.
O espaço é uma entidade que existe num armazém, de um certo tipo ( que identifica a destinação de uso), um nome (o código) e algumas características.
Entre as características podemos distinguir algumas de classificação (o caso da classe de frio, de perigosidade, o tipo de estrutura e o tipo de utilização) e outras físicas (as dimensões).
O objectivo de tais características, é ajudar a alocação a encontrar o lugar certo para cada contentor.
Outras caracteristicas que encontramos:
- o numero de sub espaços identifica quantos lugares existem disponíveis no endereço: a utilizar, por exemplo, na definição de um drive-in
- se o lugar está disponível ou utilizável a partir de uma certa data: útil para armazéns em renovação por exemplo
- o código curto ou breve para quando se quer confirmar algumas operações logísticas com um alias do espaço: em voice por exemplo
Características de classificação
Classe de frio e de perigosidade: são as mesmas que se encontram na definição do artigo e na procura do espaço certo devem corresponder. Por exemplo um artigo que seja perigoso como um acido terá a sua própria zona de armazenamento ou um artigo que precisa ser conservado a uma certa temperatura terá outra.
Tipo de utilização: permite distinguir espaços pela utilização dos mesmos. Por exemplo reservados para uma campanha ou uma operação especifica.
Tipo de estrutura reúne um conjunto de outras características mais ligadas aos contentores:
- classe de peso admitida (até 100 kg, até 500 kg, até 1000 kg …)
- grupo classe dimensão (diferente da classe dimensão porque representa uma lista de de classes e a ordem de preferência: ainda que num lugar grande caiba um contentor pequeno é preferível para os contentores menos altos um lugar mais baixo)
- classe de acondicionamento utilizável (por exemplo numa linha aérea serão os ganchos ou cabides, numa estanteria clássica serão paletes, em prateleiras poderiam ser caixas, …)
- os contentores admissíveis
Características de dimensão
As dimensões permitem saber se um determinado contentor cabe num espaço.
Coordenadas
São definidas como x, y e z como num plano cartesiano na mesma unidade de medida das dimensões.
Se pretendemos ter dados correctos de metros percurso e resultados expectáveis quando o sistema entrega trabalho por proximidade é fundamental que as coordenadas sejam as reais.
As coordenadas de entrada e de saída, normalmente, são iguais: mas existem estruturas que são reabastecidas de um lado e o picking é feito do outro. Para calcular as distâncias corretas, e enviar os empilhadores do lado certo, é precisa esta informação.
As coordenadas para o desenho não têm fins operativos mas exclusivamente para o desenho do mapa do armazém.
Relações
Existem dois tipos de relações:
- de estrutura
- de espaços alternativos
Para o bom funcionamento da aplicação é necessário definir pelos menos uma relação de estrutura; relações de espaços alternativas poderão ser obrigatórias para satisfazer algumas regras de alocação.
De tipo “Estrutura”
A acção de referencia para gestão das relações de estrutura é: AD004 – Relações entre Espaços.
É uma relação do tipo 1 para n; por exemplo:
- uma area pode ter n corredores
- um corredor n bastidores
- um bastidor n buffer e picking
Não existe um numero de níveis obrigatório e nem é preciso manter sempre a mesma organização: a conviver com o exemplo anterior podemos ter uma outra área chamada “Cais” que tem “Portas” e “Linhas” ou uma chamada “Jit” que só tem “Estações de distribuição”.
De tipo “Espaços alternativos”
A acção de referencia para gestão das relações de estrutura é: AD005 – Relações de Espaços Alternativos.
O objectivo destas definições é ajudar as regras de alocação na procura de um lugar para o contentor; por exemplo para um artigo poderíamos ter como regras:
- verifica se o picking está vazio
- se não procura um lugar no corredor do buffer de referencia do artigo
- se não encontrar nenhum procura nos dois corredores mais próximos (logo precisamos definir como alternativos do corredor especifico os dois mais proximos)
- se não manda para uma câmara longe (logo precisamos de outra definição de alternativo do corredor especifico para uma câmara longe)
É obviamente possível criar vários tipos de relação alternativa e a seguir declarar em cada regra de alocação qual se pretende utilizar:
A lógica é a mesma com as possibilidades adicionais de definir uma sequência de utilização das alternativas e a sequência a utilizar para ordenar os espaços que vamos encontrar (normalmente serão os buffers).
Sequências
A acção de referencia para gestão das relações de estrutura é: AD006 – Sequências de Percursos.
As sequências são o instrumento para declarar ao sistema como se pretende que os espaços sejam ordenados:
- antes todo um lado do corredor e depois voltar para trás com o outro?
- zig-zag?
- omega?
- …?
Pelos menos uma sequência tem que existir: de acordo com definições feitas por quem parametriza o sistema vai determinar qual utilizar entre todas aquelas que foram criadas.
É possível criar tipos (AD029) e a seguir atribuir um código de forma livre: a seguir é preciso acrescentar um numero (sugerimos sempre deixar uma margem entre números mas não é obrigatório: pode ser mesmo 1, 2, 3, …) e declarar o espaço (obviamente com o seu tipo).
Outras informações relevantes são:
- o lado; porque de acordo com a sequência pode ser diferente
- se pretendemos que as listas de picking sejam tenham uma rotura naquele espaço: o stop